Todas as pessoas possui o direito de ir e vir. Mas parte da população não consegue exercer esse direito, justamente porque não conseguem se locomover devido a mobilidade urbana. São elas: os que possui algum tipo de deficiência, cadeirantes, deficiente visual e auditiva, cegos, mudos, entre outras deficiências.
Para isso, é necessário um planejamento para que as cidades urbanas fiquem acessíveis a todas as pessoas, dessa forma, todos possam se locomover.
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Além disso, outros problemas surgiram como a chegada de novas indústrias. Com isso, surgiu também uma migração de pessoas que vieram de outros lugares para as grandes cidades em busca de emprego.
Todavia, com esse crescimento desordenado de pessoas, as cidades urbanas que não se prepararam adequadamente acabaram sentindo essa mudança.
Assim, a população que precisa se movimentar diariamente, seja para ir para o emprego, escola, entre outros lugares, é a que mais sofre com todo esse caos que se tornou as grandes cidades.
Mobilidade urbana
É preciso fazer um planejamento adequado para que as cidades urbanas fiquem mais acessíveis a todas as pessoas, tendo elas algum tipo de deficiência ou não.
Por isso se faz necessário um planejamento de mobilidade urbana que está ligada ao processo de urbanização das cidades.
O que é?
Pode ser entendida como a forma das pessoas se locomoverem pelos espaços públicos, locais urbanos, seja eles de maneira individual ou coletiva, também é visto como o deslocamento das pessoas em uma cidade com o objetivo de desenvolver relações sociais e econômicas.
É um tema bastante discutido nas políticas públicas, sendo essencial no planejamento urbano. A mobilidade urbana está ligada ao processo de urbanização das cidades. De tal forma a fazer parte das soluções de mobilidade como os ônibus, metrô, carros e outros transportes coletivos.
Imagem 01: A mobiidade urbana é formada por diversos nichos de transportes.
O aumento das indústrias fez com que a migração campo-cidade se acelerasse. Assim, essa migração também foi conhecida como êxodo rural. Contudo, essa aceleração acabou causando muita competitividade em várias áreas.
Dessa forma, ao longo do tempo se agravou os problemas urbanos. As cidades estão perdendo cada vez mais a capacidade de permitir que as pessoas se movam com qualidade.
Contudo, algo que está contribuindo com esse problema é o aumento de veículos. Veja alguns exemplos:
- O aumento da renda média do brasileiro nos últimos anos;
- Uma péssima qualidade dos transportes coletivos;
- O aumento de créditos facilitados ao consumidor;
- Uma política histórica de priorizar rodovias;
- A redução de impostos sobre produtos industrializados.
As cidades brasileiras, atualmente, podem desenvolver um plano de mobilidade urbana que tenha como base o uso dos meios de transporte para trazer rapidez no ir e vir das pessoas, inclusive sem agressão ao meio ambiente.
Quais são os impactos causados na arquitetura?
Está acontecendo a cada dia que passa uma transformação silenciosa do espaço urbano e suas manifestações no cotidiano.
A arquitetura comum vem sendo transformada a partir de imposições e introversão dos espaços, padronizações estereotipadas e irracionalidades ligadas ao medo e à rejeição do outro.
Imagem 02: O aumento de rodovias para aumentar a circulação de veículos interferem na arquitetura local.
Todavia, também é considerada a consequência de práticas e decisões fazendo, assim, com que a arquitetura seja o efeito. Então, vamos conhecer os eixos temáticos sobre os efeitos da urbanização:
- A pobreza urbana, novas soluções habitacionais explora as relações entre segregação espacial;
- A cidade e ambiente traz as implicações para o ecossistêmicas da forma urbana, das externalidades negativas da expansão urbana sobre tecidos biótico;
- As responsabilidades da esfera normativa;
- Arquitetura como forma urbana e dinâmicas sociais;
- Polis e esfera pública, as condições urbanas da política do cotidiano;
- Forma urbana e segurança pública investiga as implicações da mesma e as condições da segurança.
Neste contexto, a arquitetura tem sido transformada e tendo que ser padronizada. Dessa forma, ela terá que incorporar referenciais mais sustentáveis e com isso reduzir os impactos ambientais.
Alguns arquitetos apontam para uma tecnologia que cause menos impactos e para garantir uma arquitetura mais sustentável, isso chama-se “nova arquitetura”.
A mobilidade urbana e a qualidade de vida
As pessoas têm que se movimentar pelas cidades para ir para o trabalho, escola e também fazer outras atividades. Dessa forma, dependendo do deslocamento, acontecem os impactos diretos e aumento dos níveis de estresse.
É visto que as cidades estão cada vez mais modernas e isso gera um crescimento constante de pessoas, tanto moradores como de visitantes. Todavia, isso dá acesso a uma quantidade limitada de serviços e recursos. E isso pode ser explicado pela mobilidade urbana.
Muitas cidades tem pouca oferta de transporte público. Por isso, as pessoas deixam de frequentar programas culturais, de buscar serviços médicos e até mesmo trabalhar em determinadas regiões.
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Imagem 03: O trânsito é um dos principais problemas pela falta de planejamento da mobilidade, já que o excesso de veículos individuais nas ruas, estradas perigosas e motoristas irresponsáveis contribuem para o aumento do congestionamento.
Tudo precisa de um planejamento
A falta de planejamento faz com que os fluxos diários das pessoas sejam um verdadeiro caos, principalmente em horário de pico onde a população sofre com ônibus e metrô lotado, sem contar no trânsito que enfrentam todos os dias.
Quando é feito um planejamento, seja no transporte público ou criando áreas livres de veículos, é facilitado a movimentação de pedestres. Isso contribui muito na qualidade de vida, já que diminui o tempo em filas, trânsito e a espera por transporte.
Ultimamente gasta-se muito tempo no engarrafamento e falta tempo para buscar o filho na escola, curtir um jantar com a família e outras atividades de lazer que ficam prejudicadas.
As ações de mobilidade dependem das ações ousadas e coordenadas dos setores público e privado. Para isso, é necessário financiamento, avanços tecnológicos, políticas inteligentes e inovações. Somente assim vamos criar um ambiente sustentável melhorando a produtividade.
Imagem 04: O mundo ideal para uma maior qualidade de vida aqui no país seria a intensificação da melhoria dos transportes públicos para que o número de automóveis individuais diminuissem.
Mobilidade urbana sustentável
Para a mobilidade urbana ser sustentável é preciso passar por um planejamento urbano. Para isso, é necessário incentivar o rodízio de carros, o uso de transporte coletivo, ciclovias e de caronas coletivas.
Imagem 05: A ideia de minimizar a quantidade de veículos nas ruas é uma das principais ideias dentro da mobilidade sustentável.
A mobilidade urbana está ligada de forma direta ao tipo de transporte usado no deslocamento das pessoas. Todavia, se somam também a preocupação em facilitar trajetos e amenizar impactos ambientais causados por combustíveis fósseis que degradam o ambiente.
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Existe também, ainda, a preocupação da integração desses transportes com outros mecanismos que facilitam o deslocamento como:
- Esteiras rolantes com alta capacidade;
- Ciclovias;
- Elevadores de grande porte para suportar maior número de pessoas;
- Bicicletas públicas;
- Teleféricos.
Então, com esses incentivos, diminuiria os impactos na natureza e ajudaria em uma mobilização melhor, entrave causado pelo excesso de veículos nas ruas.
A escolha do uso de bicicleta facilitaria em uma mobilidade sustentável. Isso se dá ao fato de que assim evitaria a emissão de poluentes no ar.
Outra ação que ajudaria muito, seria a criação de parques urbanos para a realização de atividades físicas e o descanso da população.
Imagem 06: Para que as coisas funcionem, é preciso ter em vista o tripé da sustentabilidade.
O que diz a legislação
Quando se trata de mobilidade urbana, a legislação pode garantir uma política pública eficaz, contudo, apenas teoricamente.
Para isso, algumas leis foram criadas para ajudar na melhoria da mobilidade, são elas:
- O Estatuto das Cidades;
- Lei 12.587/12 (que rege as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana);
- Lei 13.089/15 (conhecida como Estatuto da Metrópole);
- Lei 13.683/18 mais recente, que trouxe pequenas alterações nas duas leis anteriores.
Imagem 07: A mobilidade urbana possui um ciclo que precisa ser seguido e melhorado cada vez que houver recursos e necessidades vistas.
Os municípios têm que atender uma série de requisitos como proteção de áreas ambientais, ciclovias, ciclofaixas, sustentabilidade no transporte público, entre outros.
Contudo, no Brasil existem vários desafios de mobilidade urbana que vão desde a passagem pelo trânsito, expansão das cidades ao inchaço populacional.
Mas é possível dar uma solução para a mobilidade urbana aqui no país. São alguns exemplos:
- Fazer a ampliação de áreas que atende pelos transportes coletivos (ônibus, metrô e trem);
- Tentar diversificar o uso dos transportes como carros, bicicletas, ônibus, motocicletas;
- Flexibilizar o horário das atividades urbanas como atividades escolares em um horário e o comércio em outra, para distribuir a mobilidade durante o dia;
- Incentivar as caronas coletivas de pessoas que estão indo para a mesma direção;
- Utilizar a integração entre os transportes públicos como a ideia de fazer a integração de ônibus com metrô.
Mobilidade e o desenvolvimento urbano
A sustentabilidade da mobilidade urbana está sendo comprometida devido ao crescimento urbano desordenado.
Junto a isso, observa-se a motorização crescente e o declínio dos transportes públicos e, dessa forma, a qualidade de vida e a eficiência da economia das grandes cidades também são influenciados.
Imagem 08: Os projetos de mobilidade precisam acompanhar e prever os próximos passos que o desenvolvimento urbano necessita.
O crescimento econômico implica maiores níveis de congestionamento devido ao aumento da frota e da circulação de veículos, por conta da falta de políticas públicas efetivas.
Então, mesmo com o ministério das cidades apresentando a Política Nacional para a mobilidade urbana Sustentável, que elegeu quatro eixos estratégicos de ação de forma a embasar os programas e projetos da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana com:
- Integração das políticas de transporte com as de desenvolvimento urbano;
- Melhoria do transporte coletivo,
- Tarifas mais baratas;
- Racionalização do uso dos veículos particulares;
- Valorização dos meios de transporte não-motorizados.
Hoje, o transporte público nesse modelo atual de prestação de serviço está deixando a desejar, pois não está atendendo as necessidades da população.
Todavia, é visto que as melhorias precisam ser realizadas com urgência para incorporar o sistema de mobilidade urbana e promover a sustentabilidade dos transportes urbanos.
Mobilidade com acessibilidade
A acessibilidade abrange diversos tipos de pessoas com necessidades e capacidades distintas como os com deficiência auditiva ou visual e também aqueles em cadeira de rodas.
Ainda mais que a grande maioria destas pessoas depende do transporte público para chegar aos locais de trabalho e lazer.
Imagem 09: O acesso nas ruas ainda tem sido uma das grandes dificuldades para quem precisa se locomover com cadeiras de rodas e até mesmo para quem possui deficiência visual.
No brasil a cada dois anos temos eleições e o grande tema é a acessibilidade. São milhares de brasileiros que sofrem de alguma deficiência física, cegos, cadeirantes, surdos, mudos, entre outras.
Contudo, mesmo se falando tanto no assunto, nenhum deles encontra amparo planejado nas ruas das grandes cidades e muito menos nas cidades do interior.
Dessa forma, percebe-se que os espaços urbanos não foram projetados e nem criados para quem possui uma deficiência, fazendo, ainda, com que milhares de pessoas fiquem invisíveis e sejam excluídas.
Dicas para melhorias
A mobilidade urbana envolve planejamento urbano, políticas públicas de saúde, transporte individual e coletivo, tecnologia e muita criatividade.
Assim, com os vários desafios de deslocamento nas cidades, foi lançado pela Globo um caderno de mobilidade urbana. Neste exemplar está reunido vários artigos, entrevistas e reportagens sobre o assunto.
Então, veja a seguir algumas das soluções que foram apresentadas neste caderno para melhoria:
- Controlar o impacto de novas construções na cidade;
- Optar por combustíveis menos poluentes;
- Planejar bairros autossuficientes;
- Implantar pedágio urbano;
- Melhorar as calçadas;
- Ampliar as ciclovias;
- Desenvolver hidrovias para aproveitar os rios como meio de transporte;
- Mudar os horários de entrada e saída do trabalho;
- Melhorar a logística para reduzir a quantidade de caminhões;
- Criar corredores que integrem diferentes tipos de meio de transporte.
Existem milhares de pessoas que se tornaram invisíveis nas cidades urbanas, justamente porque as grandes cidades não foram projetadas para elas. Por isso é muito importante um planejamento urbano.
Imagem 10: Assim como a melhoria para cadeirantes, há também a necessidade de se criar melhor o acesso público para os deficientes visuais.
Mas e você? O que acha da mobilidade urbana da sua região? Então não deixa de contar para a gente aqui nos comentários quais são as dificuldades observadas e possíveis soluções para melhoria do sistema.
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